sábado, 17 de fevereiro de 2024

Emoção ou visual?

 Quando o Salgueiro escolheu seu samba par ao carnaval de 2024, vimos um crescimento deste samba, acabou sendo elogiado e escutado até mesmo fora do nosso país, 


Imagem deste vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Y533CiB-Eyw

O enredo HUTUKARA, elogiado até por Leonardo de Caprio, fez com que a escola se tornasse uma das favoritas a ganhar o carnaval, e além disso, marcou a história do samba por sua repercussão. 

Todos esperavam um desfile com a animação do ITA de 93.

Mas nos ensaios um ritmo acelerado já se notava no samba, e seria este o motivo que fez com que a escola cantasse pouco e as arquibancadas menos ainda?

Ou será o celular que acaba com o canto da plateia? Todos estão ali contando pra quem não está... Todos querem o melhor self e ficam até um desfile ou dois buscando postar suas fotos e stories...

Seria o gigantismo das alegorias que impedem o canto da escola de se propagar na avenida? 

Quantas possibilidades podem haver para justificar o apagamento da vibração da plateia? 

Ritmo acelerado e ninguém consegue acompanhar,,,

Visual que inebria o público e deixa todos querendo prestar atenção no que está vendo...

Enfim, vimos grandes sambas, como a reedição de Gbalá, e o povo todo gelado nas arquibancadas.

Sim o Salgueiro teve uma recepção animadíssima por parte do público, mas ao longo do desfile o pessoal foi parando de vibrar. 

E o Gbalá que perdeu décimos por ausência de rimas? Os jurados são os grandes responsáveis pela formatação do carnaval e por haver mesmice, pois quando algo sai do comum, eles canetam. Haja visto o casal de Porta Bandeira e Mestre Sala da Vila Isabel, que entrou no escuro mas iluminando-se com focos de laser incríveis. Sim, o pavilhão estava no escuro, sim mas quando acendiam-se as luzes ele luzia na mão de uma Porta Bandeira talentosíssima e corajosa, cortejada por um Mestre Sala incrível!

O que tem também matado a emoção é que 90% da arquibancada está julgando! Hoje todos somos juízes, o botãozinho de like do Facebook fez mal para humanidade! Formou juízes!

Talvez tenhamos que repensar muitas coisas para que os desfiles se tornam melhores e voltem a ser cantados pela plateia. Pensar que o dia a dia corrido nos faz querer "memes" e diversões cada vez mais rápidas e em maior quantidade. Quem tem paciência hoje para sentar e ver um desfile, não é mesmo?

Quem sabe voltar a começar os desfiles as 19 horas ou as 20?A Globo poderia colocar comerciais entre os desfiles e no meio deles, e quando a transmissão recomeçasse após o comercial do meio não perderia nenhuma parte do mesmo, retomando de onde parou. 




quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Reflexões sobre o carnaval de hoje

 Biu Oliveira

Pesquisador e Carnavalizador

Quando assistimos carnaval temo s a escolha de sermos tendenciosos ou amantes do carnaval geral,
os desfiles das escolas de samba podem ser desenvolvidos com diversas formas de linguagem visual e estas linguagens. Mas popularmente a massa não entende o que são linguagens diferentes e acabam pensando que apenas o que as agradam particularmente é o correto a ser feito em desfiles de escola de samba, por exemplo, quem gosta de barroco acha que só o barroco é o modo correto de fazer desfiles, e assim quem gosta de afro, quem gosta de enredo crítico e por aí vai...
Vejo muita gente, por exemplo, criticando as reedições de enredos... Alguns dizem que os sambas não se enquadram nos formatos de hoje dos desfiles, mas, como bem disseram na (regular) transmissão da Globo este ano, é só adaptar pro andamento de hoje (correria) que o samba fica bom e dá certo e se pode reeditar o que bem quiser, "basta ter talento" acrescentou o comentarista. 
Eu particularmente gosto muito de reedição de sambas e enredos, porque o carnaval é muito efêmero e passa rápido demais. E ingrato com seus artistas, especialmente os anônimos e os que não puxam saco de gente mala e invejosa (sim existe o lado feio da festa, como tudo nessa vida!

Um dos grandes motivos mesmo é que se fechou o planeta carnaval na bolha de realidade deles...

                 Cena da Comissão de Frente da Viradouro 2024

Um dos grandes motivos mesmo é que se fechou o planeta carnaval na bolha de realidade deles... E isto limita a festa. Ou seja, não se cria público para assistir na internet ou na Tv...
Antigamente a Manchete começava em outubro com o "Esquentando os Tamborins" mostrando desfiles antigos, ala de compositores, sambas e construções em barracão... Hoje? Não temos nada disso. 
Até mesmo a reapresentação dos desfiles a tarde, que leva os mesmos até o público infantil não existe mais.
"Mãechete" ainda dava um banho de transmissão dos bailes de carnaval, eu ficava até tarde vendo a entrada do Gala Gay, me divertindo com os looks das Drags e dos homens sarados que apareciam as vezes. 

Veronique com a Fantasia Sherazade A Preferida do Rei, Desenho de Viriato Ferreira
                       Print do vídeo:  
Carnaval 93 / Concurso de Fantasias (Meridien - RJ)


...temo um dia os desfiles um dia venham a ser apresentados apenas em um único gif!

Mas hoje é tudo cada vez mais corrido, ninguém tem paciência pra ler, quem dirá parar e ver um desfile de fantasia de luxo, ou um desfile de escola de samba. 
Vivemos a época em que não há mais novidade pois nossa sociedade já vou tudo ou pensa que viu... 
Estamos sempre insatisfeitos com mil canais para assistir, mil séries, infinitos memes e infinito de posdcasts e preferimos sempre a diversão rápida e prática e em grande quantidade (Uma overdose dopaminérgica que nos deixa limitados cognitivamente e cegos para o novo do momento!) e de forma vertiginosa. 
Uma triste sociedade em que temo um dia os desfiles um dia venham a ser apresentados apenas em um único gif!

...não há mais novidade pois nossa sociedade já vou tudo ou pensa que viu... 



domingo, 28 de janeiro de 2024

A íncrível Mary Fields

 

Texto transcrito da Página do Facebook: HISTÓRIA CULTURA E CURIOSIDADE NO MUNDO

Link: https://www.facebook.com/groups/4127901240565937/permalink/6216103835078990

Autor: Marko Usainovic

A primeira afro-americana a trabalhar como carteiro nos Estados Unidos...



"Ela bebia uísque, praguejava com frequência e fumava charutos feitos à mão. Ela usava calças sob a saia e uma arma sob o avental. Com um metro e oitenta de altura e duzentos quilos, Mary Fields era uma mulher intimidadora.

Mary morava em Montana, em uma cidade chamada Cascade. Ela era um membro especial da comunidade lá. Todas as escolas fechariam em seu aniversário e, embora as mulheres não pudessem entrar nos salões, ela recebeu permissão especial do prefeito para entrar a qualquer hora e em qualquer bar de sua preferência.
Mas Mary não era de Montana. Ela nasceu escravizada no Tennessee em algum momento no início da década de 1830 e viveu escravizada por mais de trinta anos até que a escravidão fosse abolida. Como uma mulher livre, a vida a levou primeiro para a Flórida para trabalhar para uma família e depois para Ohio quando parte da família se mudou.
Quando Mary tinha 52 anos, sua amiga íntima que morava em Montana adoeceu com pneumonia. Ao saber da notícia, Mary largou tudo e veio cuidar da saúde de sua amiga. Sua amiga logo se recuperou e Mary decidiu ficar em Montana estabelecendo-se em Cascade.
Seu começo em Cascade não foi tranquilo. Para sobreviver, ela primeiro tentou o negócio de restaurantes. Abriu um restaurante, mas não era muito boa cozinheira. E ela também era muito generosa, nunca se recusando a atender um cliente que não podia pagar. Então o restaurante faliu em um ano.
Mas então, em 1895, quando estava na casa dos sessenta, Mary, ou como "Stagecoach Mary", como às vezes era chamada porque nunca perdia um dia de trabalho, tornou-se a segunda mulher e a primeira afro-americana a trabalhar como carteiro nos Estados Unidos. conseguiu o emprego porque foi a candidata mais rápida a atrelar seis cavalos.
Por fim, ela se aposentou para administrar uma lavanderia. E babá de todas as crianças da cidade. E ir a jogos de beisebol. E ser amigo de muitos dos habitantes da cidade.
Esta era Mary Fields. Um rebelde, uma lenda."






segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Sobre "apropriação cultural" inapropriada

Em um país miscigenado  é inapropriado falar de "apropriação cultural", pois somos herdeiros de todos os povos que nos formaram!

E ademais o destino da humanidade é se miscigenar e mesclar culturas, hábitos saudáveis de cada povo, isto é parte do desenvolvimento e evolução da sociedade humana, a troca e a partilha de semelhanças, de ritos, mitos e histórias compartilhadas... 
A troca de histórias ritos e mitos é saudável e cria novas possibilidades cerebrais e de sobrevivência criativa.

Enfim, façam o que quiserem criando mais drama, mais preconceito e mais guerras, e especialmente sendo hipócritas. Mas um dia a verdade despertará e será inegável!


William Marques de Oliveira










LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Marginal é a POESIA

que te PARIU!!!!!!!!!!




Violão em Chamas...

Violão em Chamas...