segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Martin Fierro




Martin Fierro, de José Hernandez, é considerado a 'Biblia dos Gauches', povo dos pampas argentinos, um povo cheio de histórias, de maneirismos, carácter próprio e música, que se assemelham muito ao nosso caipira, com suas lendas e conduta correta, perante a vida, os homens, a miséria, a colheita... a mulher... Com suas canções que assentuam sua maneira firme de ser...
Sem dúvida, faz parte de uma Argentina pouco conhecida!

Estes gauches reuniam-se em tavernas para tocar suas guitarras, recitar especies de 'desafios', e poesia...
Lugares fechados as mulheres...

Este Povo muito ainda possui de mistérios, e aqui no Brasil, a maioria das pessoas não ouviram falar deles...
( Como eu, até minha viagem a Argentina. ) Podemos associá-los aos Gauchos, claro e evidente, mas ainda assim sua alma e seu espírito, para mim se diferem, pois seriam mais selvagens... mais sofridos talvez! De alguma forma que não sei ainda explicar.
Temos aqui no Brasil muitos preconceitos torpes, quanto aos Gauchos, especialmente no Sudeste do Brasil... temos muitos preconceitos com relação aos Argentinos, por causa do futebol, mas são todos preconceitos e não podemos dar atenção a este tipo de comportamento, que tanto segrega... deixamos sim de apreciar a forma de ser, a poesia e a beleza de um povo quando nos comportamos assim!
O Livro Martim Fierro, é todo escrito em versos, e utiliza muito do vacabulário gauchesco, que torna sua tradução muito difícil.

Vamos a alguns trechos de Martin Fierro o Gaucho emblemático de José Hernandez, cantados em versos, que exprimem a sabedoria e a "manha" do Gaucho ( gáucho ) escrito como se fossem seus provérbios ou 'Cantares do Gaucho', tive a feliz sincronia de encontrar já traduzido o meu trecho favorito, nãop sabia que havia uma tradução em português.. e vou em busca da mesma para facilitar minha leitura, pois ganhei o livro de um amigo argentino e estou ainda no meio do livro, mas o linguajar regional  está me dificultando um tantinho, a traduzir de forma fluída.


"No me hago al lao de la güeya
aunque vengan degollando;
con los blandos yo soy blando
y soy duro con los duros,
y ninguno en un apuro
me ha visto andar tutubiando.
  
"Não saio fora dos trilhos
nem que venham degolando;
c'os brandos sou sempre brando,
e sou duro com os duros,
e ninguém, noutros apuros,
me viu andar titubeando.

En el peligro qué Cristo!
El corazón se me enancha.
pues toda la tierra es cancha,
y de esto naides se asombre:
el que si tiene por hombre
donde quiera hace pata hancha
  
Ante o perigo — por Cristo! —,
meu coração não remancha:
qualquer chão p 'ra mim é cancha;
e nisso sentido tomem:
quem se tenha por bem homem
faz pé firme e não se plancha.

Soe gaucho, y entiéndanló
Como mi lengua lo esplica:
para mi la tierra es chica
y pudiera ser mayor;
ni la víbora me pica
ni quema mi frente el sol.
  
Sou gaúcho! — Entendam bem
como meu canto o explica:
a terra ante mim se achica
e pudera ser maior;
nem a víbora me pica,
nem me queima a fronte o sol.

Nací como nace el peje
en el fundo de la mar:
naides puede quitar aquello que
Dios me dió:
lo que al mundo truje yo
del mundo lo he de llevar."
  
Nasci como nasce o peixe
nas profundezas do mar;
ninguém me pode tirar
aquilo que Deus me deu:
o que aqui tenho de meu,
do mundo o hei de levar."

(Extraído de Martín Fierro, de José Hernández, tradução de J. O. Nogueira Leiria, Martíns Livreiro, 1991)

FONTE: http://www.paginadogaucho.com.br/pers/martin-02.htm 


A influência do Livro Martin Fierro e o Retorno de Martin Fierro, em oda a literatura Argentina perdura até hoje... a chamada literatura de Cone Sul, foi influenciada por José Hernadez, que a meu ver reuniu a sabedoria de uma gente... e seus provérbios com extrema sensibilidade. Antes de ser um arquétipo definitivo, é um arquétipo original, não é a palavra final do povo Argentino, ou do Gauche, como alguns críticos da literatura Argentina teimam em dizer, talves um tanto ressentidos com a fama que alcança José Hernandez. Pois foi muito Iluminado ao escrever sobre este gauche imaginário ( será? ) Martin Fierro, que é o simbolo do Corason Argentino!

"O Gaúcho Martín Fierro (ou, simplesmente, Martín Fierro) é um poema de José Hernández, obra literária de grande popularidade na Argentina. Foi publicada pela primeira vez em 1872 com o título El gaucho Martín Fierro, e sua continuação, La vuelta de Martín Fierro, surgiu em 1879.
(...)

O prestigioso escritor Leopoldo Lugones, em sua obra El payador qualificou este poema como "o livro nacional dos argentinos" e reconheceu no gaúcho sua qualidade de legítimo representante do país, símbolo da argentinidade. Para Ricardo Rojas, representava o clássico argentino por excelência. O gaúcho deixava de ser um homem "fora-da-lei" para converter-se em herói nacional. Leopoldo Marechal, num ensaio intituladoSimbolismos del "Martín Fierro", buscou-lhe uma interpretação alegórica. José María Rosa viu no "Martín Fierro" uma interpretação da história argentina.
Este livro foi traduzido em mais de 30 idiomas.
Virou filmes e canções. "





sexta-feira, 21 de outubro de 2011

... A Passagem de Alfonsina Storni...


Eu para ela e para ele...

Quando eu for embora de ti...
não lhe deixarei nenhum poema de Alfonsina Storni...
Não porque pense que a dor da saudade deve ser crua...
feito tudo o que transtorna... 
...a vida de um homem!
Mas porque não quero lhe deixar nada de mim....
mais nada meu te darei!...
( Deve ser muito duro... chegar a esta posição tua...
ouvir isto de alguém...
Réu confesso do desamor...
jamais estarei em tua pele... pois a dignidade me impede!)

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A Passagem de Alfonsina Storni

Para mim que vejo
com olhos antigos... de feiticeiro...
bruxo do mar...
Alfonsina, não se deixou morrer...
ela apenas voltou para casa!...
Não foi de angústia que ela se entregou ao mar...
foi de saudade de casa!...


Eu irei sim... mudar tudo...
o nosso amor..
o mito do mundo!
Eu vejo e sei... dos segredos do tempo
...a Poesia me revelou tudo...!


...E quando ela desapareceu nas ondas...
deixou um bilhete...
recomendando-me a mim para Dona do Mar!...


Eu irei sim... sireno!
Cantar conções na Argentina...
no deserto... ou na praia de Alfonsina...
Alegrar a vida do velho Nereu...
com meu verso de amor que renasceu...!


Sabemos disto tudo porque somos, eu e Alfonsina Storni 
e também o velho Nereu... Filhos de Yemanjá...!







quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Uma Noite em Buenos Aires!


( Reedição do Poema )



Uma noite em Buenos Aires!...
É tudo o que preciso...
para morrer a dor de todos os meus amores mortos
E virar fascinação!


Uma noite em Buenos Aires!...
É tudo o que preciso.
Um tango flamejante
E um beijo vermelho!


Uma noite em Buenos Aires...
É tudo o que preciso!
para renascer em mim
Um novo tempo
E uma nova maneira de amar!


Uma noite em Buenos Aires...
Um Tango...
E uma nova paixão...
É tudo o que preciso!...
Para renascer da dor da ilusão!



Una noche en Buenos Aires!



Una noche en Buenos Aires...
Es todo lo que necesito ...
al morir el dolor de todos mis amores muertos
Y volviéndose fascinación!

Una noche en Buenos Aires...
Es todo lo que necesito.
Uno ardiente tango!
Y un beso rojo!

Una noche en Buenos Aires ...
Es todo lo que necesito!
para renacer en mí
Un nuevo tiempo
Y una nueva forma de amar!

Una noche en Buenos Aires ...
Un Tango ...
Y una nueva pasión ...
Eso es todo lo que necesito...
Para revivir de la ilusión del dolor!

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Imagem: http://moniquebuzatto.wordpress.com/page/14/




segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dos Lobos



Nunca me olvidaré
(La cosa más bella del mundo!... )
que hicieron por mí hasta el momento!
Usted, gafas de sol! ...
en la puerta esperando!
Con su auto negro,
ventanas abiertas
Heave Metal...
volumen in los picos
Bandido...
Con su campera negra
abogar por mí!
Dos lobos solitarios ...
ya no estan mas solos!
Nuestra reunión de esta tarde
nuestro hechicero secreto
fue una búsqueda de la felicidad!





quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Acaso



Andas por esos mundos como yo... no me digas
que no existes. Existes: nos hemos de encontrar;
no nos conocemos. Disfrazados y torpes
por los mismos caminos echaremos a andar.


No nos conocemos... distantes uno del otro
sentirás mis suspiros y te oiré suspirar...
¿Dónde está la boca, la boca que suspira?
Diremos, el camino volviendo a desandar.


Quizás nos encontremos frente a frente algún dia;
quizás nuestros disfraces nos logremos quitar...
Y ahora me pregunto: - cuando ocurra, si ocurre,
¿Sabrás tu de suspiros?  ¿sabré yo suspirar?




Alfonsina Sotrni.







sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Buenos Aires



Quando eu for embora de ti
Não te deixarei
se quer um verso de Alfonsina Storni!
Porque para mim...
ela apenas retornou a sua casa...
o mar.
E eu... apenas retornarei à minha paz:
Qualquer lugar longe de ti!!!
Te deixei na via dos Álamos...
Em Vila Mercedes, San Luis...
Segui meu caminho...
E de Buenos Aires ao Rio...
Foi apenas 3 segundos!


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Dylan Thomas

                  

"Poesia é aquilo que me faz rir, chorar ou uivar, aquilo que me arrepia as unhas do dedo do pé, o que me leva a desejar fazer isso, ou aquilo, ou nada.


A LUZ IRROMPE ONDE NENHUM SOL BRILHA


A luz irrompe onde nenhum sol brilha;
onde não se agita qualquer mar, as águas do coração
impelem as suas marés;
e, destruídos fantasmas com o fulgor dos vermes nos cabelos,
os objectos da luz
atravessam a carne onde nenhuma carne reveste os ossos.

Nas coxas, uma candeia
aquece as sementes da juventude e queima as da velhice;
onde não vibra qualquer semente,
arredonda-se com o seu esplendor e junto das estrelas
o fruto do homem;
onde a cera já não existe, apenas vemos o pavio de uma candeia.

A manhã irrompe atrás dos olhos;
e da cabeça aos pés desliza tempestuoso o sangue
como se fosse um mar;
sem ter defesa ou protecção, as nascentes do céu
ultrapassam os seus limites
ao pressagiar num sorriso o óleo das lágrimas.

A noite, como uma lua de asfalto,
cerca na sua órbita os limites dos mundos;
o dia brilha nos ossos;
onde não existe o frio, vem a tempestade desoladora abrir
as vestes do inverno;
a teia da primavera desprende-se nas pálpebras.

A luz irrompe em lugares estranhos,
nos espinhos do pensamento onde o seu aroma paira sob a chuva;
quando a lógica morre,
o segredo da terra cresce em cada olhar
e o sangue precipita-se no sol;
sobre os campos mais desolados, detém-se o amanhecer.


Dylan Thomas

( tradução: Fernando Guimarães)




Fontes:
http://www.culturapara.art.br/opoema/dylanthomas/dylanthomas.htm
e Wikipedia




segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Una Noche em Buenos Aires

Una noche en Buenos Aires
Eso es todo que necesito
A morir el mi dolor
todo mis amores muertos ...
Una noche en Buenos Aires
todas las quejas
los placeres ocultos
ser rescatados...!
Una noche en Buenos Aires
Un Tango Fiery
Un beso rojo
Un capullo de rosa ...
Una noche en Buenos Aires
es todo lo que necesito
Volver a nacer un nuevo tiempo
en mi corazón.



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Uma noite em Buenos Aires
É tudo o que preciso
Para morrer a dor
de todos os meus amores mortos...
Uma noite noite em Buenos Aires
todos os gemidos
de prazeres ocultos
se libertarão
Uma noite em Buenos Aires
Um Tango Flamejante
Um Beijo Vermelho
Uma rosa em botão...
Uma Noite em Buenos Aires
é tudo o que preciso
Para renascer um novo tempo
do meu coração.







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