quarta-feira, 21 de junho de 2017

Um de Adélia Prado para aconchegar este dia...



Amo este poema...

Casamento


Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como "este foi difícil"
"prateou no ar dando rabanadas"
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

Texto extraído do livro "Adélia Prado - Poesia Reunida", Ed. Siciliano - São Paulo, 1991, pág. 252.
Saiba mais sobre Adélia Prado e sua obra em "Biografias".




Imagem Daqui








sexta-feira, 9 de junho de 2017

Pensando a Pluralidade da Cultura e do Povo Brasileiro

Pluralidade cultural ensina a pensar com respeito no outro e em si mesmo.
Observando a multiculturalidade do Brasil, podemos nos unificar cada vez mais como um povo que pode ensinar ao mundo...


Esta imagem colhi AQUI 

Talvez multiculturalismo seja reconhecer BELEZA no que o outro faz... Sem medo que seja mais belo do que o que você mesmo faz.. Pois na verdade... Belo e feio, verdadeiro e falso, só podem ser definidos dentro de nós mesmos... Então respeite o processo do outro.  


´´Um sonho ainda distante: a humanidade trabalhar em colaboração, viver como irmãos e irmãs no planeta Terra, independentemente do credo, da cor ou do sexo, em comunidades de diferentes culturas. Um sonho distante, porém real. O quanto estamos dispostos a trazer esse sonho para nossas realidades? A vivê-lo aqui e agora?´´ Marcelo Dalla no Dalla Blog 
http://www.marcelodalla.com/2017/06/dicas-astrais-para-lua-cheia-do-eixo.html

Abaixo transcrevo um excelente texto da INFOESCOLA


multiculturalismo


http://www.infoescola.com/sociologia/multiculturalismo/
Entende-se por multiculturalismo tanto os estudos acadêmicos quanto as políticas institucionais que se desenvolvem em torno das questões trazidas pela emergência das sociedades multiculturais. Uma sociedade multicultural é aquela que, em um mesmo território, abriga povos de origens culturais distintas entre si. As relações entre esses grupos podem ser aceitação e tolerância ou de conflito e rejeição. Isso vai depender da história da sociedade em questão, das políticas públicas propostas pelo Estado e, principalmente, do modo específico como a cultura dominante do território é imposta ou se impõem para todas as outras. A convivência entre culturas diferentes não é uma questão nova, mas que se se intensificou nos últimos anos devido a acontecimentos marcantes.
Não é possível entender o multiculturalismo fora do contexto do fenômeno da globalização. O desenvolvimento acelerado dos meios de transporte e das tecnologias de comunicação aproximaram diferentes regiões do mundo, criando redes industriais e financeiras complexas e uma economia multinacional, interdependente e insubmissa às fronteiras nacionais. Com o fim da Guerra Fria, os Estados Unidos passam a hegemonizar culturalmente todo o planeta. Seus produtos, filmes, músicas e formas de ver as coisas se espalham globalmente gerando o que se chama de “americanização” do mundo. Frente a esse fenômeno de hegemonização dos padrões culturais globais, as culturas tradicionais se fortaleceram, reagindo contra a massificação dos modos de ser. Por outro lado, apesar da massificação, vemos que essas comunidades culturais locais são capazes de se apropriar de partes da cultura americana, transformando-as em uma algo novo e diferente do original. No Brasil, o funk e rap são um exemplo claro dessa possibilidade.
Outros processos importantes que influenciam no surgimento das sociedades multiculturais, são as lutas pela independência que ocorrem nas colônias europeias da segunda metade do século XX, especialmente na África e na Ásia. O cenário pós-colonizal gera um processo de resgate das culturas tradicionais locais e, ao mesmo tempo, pela ligação histórica, desencadeia um movimento migratório para os países colonizadores. Também os conflitos de ordem étnica, religiosa e política, além das deficiências econômicas, são fatores que aumentam o fluxo migratório. Incentivado por tudo isso e pelo próprio cenário criado pela globalização, esse movimento migratório transforma de modo profundo as nações que receberam os imigrantes, colocando em cheque a capacidade dos estados modernos de gerirem sua nova configuração multicultural.
Alguns países democráticos têm buscado promover a aceitação e incorporação de culturas diferentes em seus territórios, valorizando a possibilidade de se constituírem enquanto nações pluriétnicas. No entanto, em outros países, a negação de direitos sociais e a perseguição de minorias culturais são práticas oficiais. Muitas vezes, ainda que exista uma política multiculturalista oficial, a perseguição é praticada por pessoas comuns, inflamadas por um sentimento de nacionalismo e rejeição ao outro. Os ataques violentos organizados por civis aos abrigos de refugiados de origem árabe na Alemanha são um exemplo disso. O multiculturalismo emerge a partir das reivindicações de minorias étnicas que sofrem de opressão histórica em seus territórios, como os negros e as populações indígenas por todo continente americano, incluindo o Brasil. O debate em torno desse tema é muito importante e traz à tona a forma como lidamos, enquanto sociedade, com as diferenças étnicas, culturais e religiosas que nos cercam.
Bibliografia:
ZORZI, José Augusto. Estudos culturais e multiculturalismo: uma perspectiva das relações entre campos de estudo em Stuart Hall. Trabalho de conclusão de curso para obtenção de Licenciatura em História pela UFRG, 2012
Arquivado em: CulturaSociologia



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